50.000 anos atrás !
gringo no saber nada !
As descobertas arqueológicas na Serra da Capivara tiveram início na década de setenta, quando equipes franco-brasileiras, dirigidas pela arqueóloga paulista Niède Guidon, encontraram vestígios de antigos habitantes que teriam vivido na região há mais de cinquenta mil anos.
http://360graus.terra.com.br/ecoturismo/default.asp?did=7428&action=relato
Os caminhos do Piauí - Parque Nacional Serra da Capivara
Serra da Capivara
Do litoral segui de busão para Teresina, o tempo todo preocupada com a Poderosa lá embaixo no bagageiro, e de lá seguimos - eu, Juarez e Rodrigo, do TBC, de carona num caminhão da Metta – Materiais de Construção, para São Raimundo Nonato, cidade mais próxima do Parque Nacional Serra da Capivara.
O parque está situado numa região semi-árida, no sudeste do Piauí, a 534km de Teresina, constituindo-se numa fronteira ecológica entre o sertão do Nordeste e a Amazônia. É uma região de metamorfoses - depois de um longo período de seca, as primeiras chuvas chegam entre os meses de outubro e março e a paisagem cinza transforma-se num jardim verde, coberto de flores.
O Parque Nacional foi criado para proteger uma área de 130 mil hectares ainda coberta pela caatinga virgem, na qual se encontra a maior concentração de sítios pré-históricos das Américas. Para se ter uma idéia do tamanho, essa área é um pouco menor do que a cidade de São Paulo. Em 1991 o Parque foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
As descobertas arqueológicas na Serra da Capivara tiveram início na década de setenta, quando equipes franco-brasileiras, dirigidas pela arqueóloga paulista Niède Guidon, encontraram vestígios de antigos habitantes que teriam vivido na região há mais de cinquenta mil anos.
A descoberta suscitou uma grande polêmica internacional, pois colocou em xeque a teoria arqueológica aceita por mais de meio século, de que o homem chegou ao continente americano entre doze e quinze mil anos atrás - saindo da Ásia e atravessando a pé o Estreito de Behring, ele teria se dispersado do Alasca para a América do Norte e daí para a América do Sul. Hoje, as descobertas de Monte Verde (Chile) e as da Serra da Capivara, mostram que existem na América do Sul sítios mais antigos do que na América do Norte, criando uma nova teoria, que admite a existência de várias entradas na América, de vários grupos procedentes de lugares diferentes e em épocas diferentes.
Segundo as pesquisas, a região foi ocupada de maneira contínua por caçadores-coletores e agricultores-ceramistas até a chegada dos colonizadores. Cientistas, principalmente norte-americanos, consideram insuficientes os resultados apresentados pela equipe binacional. Sem comentários, ainda mais lembrando que eles tambem desconsideram Santos Dumont...
Niéde Guidón dedica sua vida a preservar o parque, suas inscrições, fauna e flora. Foi seu trabalho, junto com sua equipe, que salvou esse patrimônio da humanidade e que até hoje o mantém, através da FUMDHAM – Fundação Museu do Homem Americano, um museu interativo e ultra-moderno que tem por objetivo preservar, conservar e divulgar o material proveniente das pesquisas arqueológicas, antropológicas e ecológicas realizadas na região do Parque Nacional Serra da Capivara.
Nos últimos dez anos, com recursos captados em instituições financeiras do exterior, a arqueóloga comprou mais de dez mil hectares vizinhos à reserva e os transformou em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, o que impede que a área seja devastada para sempre, mesmo que mude de dono. Coisas de quem realmente ama a natureza...
Nesse santuário, animais que estavam desaparecendo devido à caça, estão retornando ao parque, além disso, Niéde já construiu várias escolas para as crianças da região do entorno da Serra da Capivara e luta pelo desenvolvimento sustentável numa região onde o coronelismo arcaico ainda mostra sua força e impõe seu poder.
Todas essas belezas, que antes eram privilégio apenas para os olhos dos pesquisadores, já podem ser vistas por todos aqueles que estiverem dispostos a uma aventura pela selvagem e calorenta caatinga. Além do visual e das pedaladas ou caminhadas com diferentes graus de dificuldade pelas centenas de sítios arqueológicos, obrigatoriamente acompanhadas por guias especializados, o parque oferece ainda a oportunidade do visitante participar das escavações arqueológicas que estão em andamento, e conhecer os trabalhos para a descoberta de novos sítios rupestres em um dos lugares mais importantes da arqueologia mundial.
Neste berço cultural, que denuncia nossa própria origem, terminou nossa viagem. A sensação de pedalar, deslizando entre retratos vivos de nossa história foi uma experiência inesquecível e me pego imaginando novos roteiros e descobertas. É muito fácil, econômico e gostoso praticar o cicloturismo, recomendo!
Noites de via-láctea, silêncio de vento e mar, mistérios e lendas que remetem o pensamento à compreensão de como é fácil e simples ser feliz na vida, sem regras nem roteiros cronometrados, apenas seguindo e sentindo, escolhendo parar ou continuar.
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Se ela dança, eu danço
Se ela dança, eu danço
Se ela dança, eu danço
Falei com o DJ
Se ela dança, eu danço
Se ela dança, eu danço
Se ela dança, eu danço
gringo no saber nada !
As descobertas arqueológicas na Serra da Capivara tiveram início na década de setenta, quando equipes franco-brasileiras, dirigidas pela arqueóloga paulista Niède Guidon, encontraram vestígios de antigos habitantes que teriam vivido na região há mais de cinquenta mil anos.
http://360graus.terra.com.br/ecoturismo/default.asp?did=7428&action=relato
Os caminhos do Piauí - Parque Nacional Serra da Capivara
Serra da Capivara
Do litoral segui de busão para Teresina, o tempo todo preocupada com a Poderosa lá embaixo no bagageiro, e de lá seguimos - eu, Juarez e Rodrigo, do TBC, de carona num caminhão da Metta – Materiais de Construção, para São Raimundo Nonato, cidade mais próxima do Parque Nacional Serra da Capivara.
O parque está situado numa região semi-árida, no sudeste do Piauí, a 534km de Teresina, constituindo-se numa fronteira ecológica entre o sertão do Nordeste e a Amazônia. É uma região de metamorfoses - depois de um longo período de seca, as primeiras chuvas chegam entre os meses de outubro e março e a paisagem cinza transforma-se num jardim verde, coberto de flores.
O Parque Nacional foi criado para proteger uma área de 130 mil hectares ainda coberta pela caatinga virgem, na qual se encontra a maior concentração de sítios pré-históricos das Américas. Para se ter uma idéia do tamanho, essa área é um pouco menor do que a cidade de São Paulo. Em 1991 o Parque foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
As descobertas arqueológicas na Serra da Capivara tiveram início na década de setenta, quando equipes franco-brasileiras, dirigidas pela arqueóloga paulista Niède Guidon, encontraram vestígios de antigos habitantes que teriam vivido na região há mais de cinquenta mil anos.
A descoberta suscitou uma grande polêmica internacional, pois colocou em xeque a teoria arqueológica aceita por mais de meio século, de que o homem chegou ao continente americano entre doze e quinze mil anos atrás - saindo da Ásia e atravessando a pé o Estreito de Behring, ele teria se dispersado do Alasca para a América do Norte e daí para a América do Sul. Hoje, as descobertas de Monte Verde (Chile) e as da Serra da Capivara, mostram que existem na América do Sul sítios mais antigos do que na América do Norte, criando uma nova teoria, que admite a existência de várias entradas na América, de vários grupos procedentes de lugares diferentes e em épocas diferentes.
Segundo as pesquisas, a região foi ocupada de maneira contínua por caçadores-coletores e agricultores-ceramistas até a chegada dos colonizadores. Cientistas, principalmente norte-americanos, consideram insuficientes os resultados apresentados pela equipe binacional. Sem comentários, ainda mais lembrando que eles tambem desconsideram Santos Dumont...
Niéde Guidón dedica sua vida a preservar o parque, suas inscrições, fauna e flora. Foi seu trabalho, junto com sua equipe, que salvou esse patrimônio da humanidade e que até hoje o mantém, através da FUMDHAM – Fundação Museu do Homem Americano, um museu interativo e ultra-moderno que tem por objetivo preservar, conservar e divulgar o material proveniente das pesquisas arqueológicas, antropológicas e ecológicas realizadas na região do Parque Nacional Serra da Capivara.
Nos últimos dez anos, com recursos captados em instituições financeiras do exterior, a arqueóloga comprou mais de dez mil hectares vizinhos à reserva e os transformou em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, o que impede que a área seja devastada para sempre, mesmo que mude de dono. Coisas de quem realmente ama a natureza...
Nesse santuário, animais que estavam desaparecendo devido à caça, estão retornando ao parque, além disso, Niéde já construiu várias escolas para as crianças da região do entorno da Serra da Capivara e luta pelo desenvolvimento sustentável numa região onde o coronelismo arcaico ainda mostra sua força e impõe seu poder.
Todas essas belezas, que antes eram privilégio apenas para os olhos dos pesquisadores, já podem ser vistas por todos aqueles que estiverem dispostos a uma aventura pela selvagem e calorenta caatinga. Além do visual e das pedaladas ou caminhadas com diferentes graus de dificuldade pelas centenas de sítios arqueológicos, obrigatoriamente acompanhadas por guias especializados, o parque oferece ainda a oportunidade do visitante participar das escavações arqueológicas que estão em andamento, e conhecer os trabalhos para a descoberta de novos sítios rupestres em um dos lugares mais importantes da arqueologia mundial.
Neste berço cultural, que denuncia nossa própria origem, terminou nossa viagem. A sensação de pedalar, deslizando entre retratos vivos de nossa história foi uma experiência inesquecível e me pego imaginando novos roteiros e descobertas. É muito fácil, econômico e gostoso praticar o cicloturismo, recomendo!
Noites de via-láctea, silêncio de vento e mar, mistérios e lendas que remetem o pensamento à compreensão de como é fácil e simples ser feliz na vida, sem regras nem roteiros cronometrados, apenas seguindo e sentindo, escolhendo parar ou continuar.
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Falei com o DJ
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