Português é Português independentemente da sua origem geográfica. Pessoalmente, aceito e acredito na evolução linguistica. Eu acho que o Portgues do Brasil evoluiu e não vejo nada de errado em relação ao processo. Contudo, devemos evitar conotaçoes que poderão por em causa o avanço, valor e orgulho Lusofono.
Do you like Brazilian Portuguese?
Se Fernando Henrique Cardoso proferisse em Portugal a frase “Chega desse nhenhenhém neoliberal”, como fez ao responder aos que criticavam seu governo, provavelmente não seria entendido. Nhenhenhém vem do tupi e quer dizer conversa jogada fora. Um turista brasileiro que contasse a um moçambicano que “chorou as pitangas” também correria o risco de encontrar no rosto de seu interlocutor um grande ponto de interrogação. “Estar jururu”, cabelo “pixaim” e ficar na maior “pindaíba” são outros exemplos de expressões ininteligíveis para lusófonos não-brasileiros. Os brasileiros quase não percebem, mas o português que falam é em grande medida tributário do idioma tupi, falado pelos aborígines que Pedro Álvares Cabral encontrou na Terra de Santa Cruz há 500 anos. Nada menos que 20 000 dos vocábulos dicionarizados no Brasil têm origem tupi. No entanto, os estudiosos da língua são uma espécie em extinção. Único especialista que se dedica ao ensino do tupi antigo, o professor da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo Eduardo Navarro resolveu tomar uma providência que funcionou muito bem para salvar bichos como a ararinha azul ou o mico-leão-dourado. Fundou uma ONG, a Tupi Aqui. com a qual pretende formar 100 professores do idioma até o ano 2004. Não é por diletantismo que Navarro se dedica à causa. “Não será possível entender os 250 primeiros anos da História do Brasil se essa língua se perder”, diz.
O “português” de Portugal , nunca será o “português”, do Brasil , lá a nossa fila de ônibus é chamada bicha, o nosso goleiro é o guarda metas, nossas cuecas calcinhas... Sem falar na fala. Ouvir um português, pela tv portuguesa, é ouvir um estranho falar, foneticamente diferentes, apesar de escritas quase que semelhantes, nem por isso o corrigimos, grande foi Monteiro Lobato, que , em seu livro Emília, no país da Gramática, aborda esplendidamente , este preconceito. Já é hora de quebrar essa mureta e adequar ao nosso país, com a nossa forma de se expressar uma lingüística estruturada, nas diversidades, que sabendo ou não nos levarão na eterna viagem do processo da dinâmica lingüística, à várias transformações "nas línguas portuguesas dos diversos brasileiros”, Acabando com o xerife da linguagem, o gramático autoritário.Uma língua não pára nunca, se transforma continuamente.”Há certos gramáticos que querem fazer a língua parar num certo ponto , acham que é erro dizermos de modo diferente do que diziam os clássicos” (Monteiro Lobato).
Kayo
Palavras em qualquer língua têm multiplos sinónimos.
Fila em Portugal também quer dizer fila de ônibus
Calcinhas em Portugal também quer dizer cuecas mas para senhora. Cuecas é mais para homem. Ou seja, cuecas pode ser usado para homem e senhora mas, calcinhas é só para senhora.
Mas os portuguesas gostam mais de usar a palavra cueca no singular. Quando usada no plural a palavra cueca passa a ser "par de cuecas".
A palavra ônibus não é usada em Portugal, mas os portugueses sabem que ônibus é a palavra usada no Brasil para autocarro que, em Portugal, também pode ser caminoneta. Machibombo é a palavra moçambicana para ônibus/autocarro/camioneta. Em Angola será talvez diferente etc., etc.
Ninguém em Portugal está interessado em ser o xerife da língua. Portugal espalhou a lingua portuguesa pelo mundo e foi o primeiro a aprender que a sua língua sofreu grandes mudanças. Aliás, foi a língua portuguesa falada em Portugal que sofreu as maiores mudanças com a introdução de muitas palavras que os portugueses trouxeram das suas viagens e experiências. Apesar de tudo, continua a ser a língua portuguesa.
Não entendemos porque razão os brasileiros fazem agora tanta questão com o facto de o português falado no Brasil ser diferente. Os portugueses já notaram isso há muito tempo e aprenderam a viver com essa diferença sem fazerem grande questão.
Parece que os brasileiros só agora acordaram para essa realidade e que estão a fazer disso um grande debate nacional. Essa é a verdadeira questão. Porquê?
Será que o facto de alguns brasileiros não entenderam alguns portugueses é uma questão relevante?
Os brasileiros podem sempre entender os portugueses e vice-versa porque a capacidade para aprender novas palavras, venham elas de onde vierem, é universal.
O português do Brasil é o português do Brasil. Façam bom proveito! Sempre foi assim. Onde está o problema agora?
Palavras em qualquer língua têm multiplos sinónimos.
Fila em Portugal também quer dizer fila de ônibus
Calcinhas em Portugal também quer dizer cuecas mas para senhora. Cuecas é mais para homem. Ou seja, cuecas pode ser usado para homem e senhora mas, calcinhas é só para senhora.
Mas os portuguesas gostam mais de usar a palavra cueca no singular. Quando usada no plural a palavra cueca passa a ser "par de cuecas".
A palavra ônibus não é usada em Portugal, mas os portugueses sabem que ônibus é a palavra usada no Brasil para autocarro que, em Portugal, também pode ser caminoneta. Machibombo é a palavra moçambicana para ônibus/autocarro/camioneta. Em Angola será talvez diferente etc., etc.
Ninguém em Portugal está interessado em ser o xerife da língua. Portugal espalhou a lingua portuguesa pelo mundo e foi o primeiro a aprender que a sua língua sofreu grandes mudanças. Aliás, foi a língua portuguesa falada em Portugal que sofreu as maiores mudanças com a introdução de muitas palavras que os portugueses trouxeram das suas viagens e experiências. Apesar de tudo, continua a ser a língua portuguesa.
Não entendemos porque razão os brasileiros fazem agora tanta questão com o facto de o português falado no Brasil ser diferente. Os portugueses já notaram isso há muito tempo e aprenderam a viver com essa diferença sem fazerem grande questão.
Parece que os brasileiros só agora acordaram para essa realidade e que estão a fazer disso um grande debate nacional. Essa é a verdadeira questão. Porquê?
Será que o facto de alguns brasileiros não entenderam alguns portugueses é uma questão relevante?
Os brasileiros podem sempre entender os portugueses e vice-versa porque a capacidade para aprender novas palavras, venham elas de onde vierem, é universal.
O português do Brasil é o português do Brasil. Façam bom proveito! Sempre foi assim. Onde está o problema agora?
Bruno
“Chega desse nhenhenhém neoliberal”,
A expressao "nhenhenhém" é muito usada em Potugal com a mesma conotação. É possível que a origem seja brasileira mas que é usada em Portugal correntemente é de facto. Em Portugal soa mais como "nhénhénhé" mas existe como expressão muito coloquial e muito usada.
Portanto, toma! Chega desse "nhénhénhé" Bruno, as diferenças são menos do que você pensa e os portugueses estão muito abertos a aprender essas diferenças. Os brasileiros que façam os mesmo se quiserem. Se não quiserem só eles perdem porque os portugueses vão sempre entender os brasileiros. Sem problema!
A língua é como o amor. Podemos sempre gostar de mais alguém. Não há limites para o amor nem para a amizade. O mesmo com a língua.
“Chega desse nhenhenhém neoliberal”,
A expressao "nhenhenhém" é muito usada em Potugal com a mesma conotação. É possível que a origem seja brasileira mas que é usada em Portugal correntemente é de facto. Em Portugal soa mais como "nhénhénhé" mas existe como expressão muito coloquial e muito usada.
Portanto, toma! Chega desse "nhénhénhé" Bruno, as diferenças são menos do que você pensa e os portugueses estão muito abertos a aprender essas diferenças. Os brasileiros que façam os mesmo se quiserem. Se não quiserem só eles perdem porque os portugueses vão sempre entender os brasileiros. Sem problema!
A língua é como o amor. Podemos sempre gostar de mais alguém. Não há limites para o amor nem para a amizade. O mesmo com a língua.
O português brasileiro é relativamente bem entendido por outros povos. Conheci brasileiros em Itália, e conseguiam comunicar-se bem em português. A mim ninguém entendia. A dificuldade específica do português europeu é a enorme redução vocálica. O catalão falado é muito difícil de entender pela mesma razão.
Brazilians flock to Florida
Find this article at:
http://www.palmbeachpost.com/localnews/content/local_news/epaper/2006/01/23/s1b_BRAZIL_0123.html
Find this article at:
http://www.palmbeachpost.com/localnews/content/local_news/epaper/2006/01/23/s1b_BRAZIL_0123.html
>>>No século XVI, nossos primos lusos não engoliam vogais nem chiavam nas consoantes — essas modas surgiram no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem pronunciado e dito "vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na verdade, nós, brasileiros, mantivemos os sons que viraram arcaísmos empoeirados para os portugueses.<<<
How did Brazilians managed to keep the ancient Portuguese sounds while speaking Nhengatu? Marques de Pombal made Brazilians learn the XVI century version of Portuguese? And the slaves, Indians and later on the immigrants they all managed to pronounce the sounds like Cabral?
Really a fashion? Weren’t at that time other regional varieties of Portuguese, just as there are regional varieties today? In the past not everybody spoke the same way, peasants did not speak like clergy men or nobles, they would speak like peasants each region probablly with a different variety.
I do not think that Portuguese lost that many vowels in the spoken language, that was how people in a region of Portugal probably used to speak, and we pronounce them all when we speak very slowly.
The curious thing is that this web site says that Portuguese may sometimes resemble Georgian or Tamazight because of the way Portuguese people swallows vowels:
http://www.rudhar.com/foneport/en/not2port.htm
We can easily find a connection between the Iberians and the Kingdom of Iberia (Georgia). Greek and Roman authors, among others, used to relate the western Iberians of the Pyrenee Peninsula with the eastern Iberians in the Iberian Kingdom (Caucasian Iberia) and say they were the same people.
http://www.nplg.gov.ge/ic/library_e/gabeskiria/14.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Caucasian_Iberia
http://en.wikipedia.org/wiki/Georgia_%28country%29
And later with the German invasions the Alans that settled in Lusitania were of the same tribe of the Alans that settled in Georgia:
“This half of the Alans eventually became part of the Ossestians, in the Republic of Georgia.”
http://www.mnsu.edu/emuseum/cultural/oldworld/europe/alans.html
Could it be a genetic predisposition to swallow vowels? :D
“chiar nas consoantes” I am pretty sure we can also trace an origin for this before Cabral arrived in Brazil. :D
How did Brazilians managed to keep the ancient Portuguese sounds while speaking Nhengatu? Marques de Pombal made Brazilians learn the XVI century version of Portuguese? And the slaves, Indians and later on the immigrants they all managed to pronounce the sounds like Cabral?
Really a fashion? Weren’t at that time other regional varieties of Portuguese, just as there are regional varieties today? In the past not everybody spoke the same way, peasants did not speak like clergy men or nobles, they would speak like peasants each region probablly with a different variety.
I do not think that Portuguese lost that many vowels in the spoken language, that was how people in a region of Portugal probably used to speak, and we pronounce them all when we speak very slowly.
The curious thing is that this web site says that Portuguese may sometimes resemble Georgian or Tamazight because of the way Portuguese people swallows vowels:
http://www.rudhar.com/foneport/en/not2port.htm
We can easily find a connection between the Iberians and the Kingdom of Iberia (Georgia). Greek and Roman authors, among others, used to relate the western Iberians of the Pyrenee Peninsula with the eastern Iberians in the Iberian Kingdom (Caucasian Iberia) and say they were the same people.
http://www.nplg.gov.ge/ic/library_e/gabeskiria/14.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Caucasian_Iberia
http://en.wikipedia.org/wiki/Georgia_%28country%29
And later with the German invasions the Alans that settled in Lusitania were of the same tribe of the Alans that settled in Georgia:
“This half of the Alans eventually became part of the Ossestians, in the Republic of Georgia.”
http://www.mnsu.edu/emuseum/cultural/oldworld/europe/alans.html
Could it be a genetic predisposition to swallow vowels? :D
“chiar nas consoantes” I am pretty sure we can also trace an origin for this before Cabral arrived in Brazil. :D
Interesting document for the afficionados
The expansion of the Portuguese language in Brazil (Resumé / Ministry of State for Foreign Affairs of Brazil, Division of Intellectual Co-operation) (U
by Antenor Nascentes (1944)
The expansion of the Portuguese language in Brazil (Resumé / Ministry of State for Foreign Affairs of Brazil, Division of Intellectual Co-operation) (U
by Antenor Nascentes (1944)
Does anyone know this book?
A Grammar of Spoken Brazilian Portuguese
by Earl W. Thomas - Foreign Language Study - 1975 - 192 pages
A Grammar of Spoken Brazilian Portuguese
by Earl W. Thomas - Foreign Language Study - 1975 - 192 pages
Does anyone know this book?
The Phonology of Portuguese
Maria Helena Mateus and Ernesto d'Andrade (2002)
http://www.oup.com/us/catalog/general/?cp=24301&view=usa&ci=0199256705
The Phonology of Portuguese
Maria Helena Mateus and Ernesto d'Andrade (2002)
http://www.oup.com/us/catalog/general/?cp=24301&view=usa&ci=0199256705
Alison
"Could it be a genetic predisposition to swallow vowels? "
You made very interesting strong points here but this question is way too far fetch.
Linguists (McMahon, 1994,p. 45)* will tell you that with time languages have a tendency for simplification.
Skipping vowels is a way to simplifying language events because when you shorten words and sentences you say more with less.
Most likely the current European Portuguese variation is an aged (seasoned) version of Portuguese. In other words, linguistic evolution got EP to the stage were simplification became a factor (Jackendoff, 2003)** .
*Understanding Language Change - by April McMahon - Language Arts & Disciplines - 1994
**Foundations of Language: Brain, Meaning, Grammar, Evolution
by Ray Jackendoff - Language Arts & Disciplines - 2003
"Could it be a genetic predisposition to swallow vowels? "
You made very interesting strong points here but this question is way too far fetch.
Linguists (McMahon, 1994,p. 45)* will tell you that with time languages have a tendency for simplification.
Skipping vowels is a way to simplifying language events because when you shorten words and sentences you say more with less.
Most likely the current European Portuguese variation is an aged (seasoned) version of Portuguese. In other words, linguistic evolution got EP to the stage were simplification became a factor (Jackendoff, 2003)** .
*Understanding Language Change - by April McMahon - Language Arts & Disciplines - 1994
**Foundations of Language: Brain, Meaning, Grammar, Evolution
by Ray Jackendoff - Language Arts & Disciplines - 2003
Does anyone know this book?
A Grammar of Spoken Brazilian Portuguese
by Earl W. Thomas - Foreign Language Study - 1975 - 192 pages
(godot)
I have it. It's an extremely good book on current Brazilian usage.
Something Portuguese people would consider ''erroneous usage'' but we Brazilians use it NUMA BOA (=without having any problems with it)
A Grammar of Spoken Brazilian Portuguese
by Earl W. Thomas - Foreign Language Study - 1975 - 192 pages
(godot)
I have it. It's an extremely good book on current Brazilian usage.
Something Portuguese people would consider ''erroneous usage'' but we Brazilians use it NUMA BOA (=without having any problems with it)
actually im portuguese and i dont think the usage of such sentence to be wrong, in fact we use one similar to that, maybe influenced by the Brazilian dialect
NA BOA
NA BOA